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Mãe transformou amor em negócio de laços e fitas

Foto: Lucas Amorelli
Inspiração: foi pensando na filha, Beatriz, que Priscila resolveu começar a produção. Hoje, a pequena é a modelo da marca

Há dois anos e três meses, a vida da família Figueredo mudou por completo com a chegada da pequena Beatriz Mariah. Única filha da empresária Priscila Gonçalves Vieira Figueredo, 34 anos, e do militar Sténio Costa Figueredo, 31, a pequena fez com que o casal percorresse Santa Maria atrás de fitas, laços e tiaras que fossem bonitos, baratos e que não machucassem a cabeça da menina: 

- Percorremos vários locais, mas ou os produtos eram baratos e não tinham boa qualidade ou eram muito caros. Eu pensei, então: por que não fazer, eu mesma, os acessórios para a minha filha? É mais prático e rápido.

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O primeiro laço da pequena Beatriz fez tanto sucesso entre as amigas de Prisicila que a comercialização começou naquele mesmo instante. Hoje, a mamãe empreendedora mantém um ateliê em um cômodo do apartamento localizado na ERS509 (Faixa Velha de Camobi).

Priscila e o marido são de Minas Gerais e se mudaram para Santa Maria há quatro anos. Os primeiros meses de adaptação foram muito complicados para ela, que não conhecia ninguém na cidade e acabava ficando a maior parte do tempo na agência de viagens onde trabalhava ou sozinha em casa, já que o marido viajava muito a trabalho. Depois de abrir a Bia Baby, a vida de Priscila mudou: ela está sempre trabalhando em alguma encomenda ou em contato com alguma mãe que, como ela, teve a mesma dificuldade para encontrar lacinhos para bebês.

- Os pedidos costumam ser realizados pelas redes sociais e pelo telefone. As mães escolhem os modelos, tamanhos e cores, e eu vou montando, conforme elas me pedem. Envio fotos de como está ficando para elas terem certeza de que é isso mesmo que querem, e, depois, combinamos o dia da entrega. Quando a Beatriz era menor, eu conseguia trabalhar só quando ela estava dormindo, já que tudo era novidade para ela, e a mãozinha passeava por todos os meus materiais. Mas, agora, já temos uma rotina, e ela sabe que os acessórios são para outras pessoas - diz Priscila.

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Muitas produções são compartilhadas via redes sociais para divulgar o trabalho. A estratégia está funcionando para ajudar no aumento do número de clientes.

- Desde que eu comecei, há um ano e meio, mais ou menos, minhas vendas triplicaram. Meu maior incentivo para começar a fazer os laços foi a Beatriz. Agora, eu posso cuidar da minha filha enquanto trabalho, fazer minhas tarefas de casa e atender minhas clientes tranquilamente, sem sair de casa. Além disso, a renda da família aumentou - comemora a empresária.

Os prazos de entrega variam de um dia a uma semana, de acordo com o número de pedidos e os tipos de peça escolhidos pelas clientes. Conforme Priscila, os laços são mais rápidos, já as tiaras e capas de caderneta de vacinação demoram mais para ficar prontos.
Foto: Lucas Amorelli
Ideia: Prisicila tem clientes em diferentes cidades do Estado e comemora a renda extra para a família

DESAFIOS 

Logo que começou, Priscila encontrou dificuldades para estipular valores para as peças e cobrar as pessoas. Com muito esforço e constantes pesquisas de mercado, ela conseguiu superar a dificuldade e, aos poucos, também perdeu a timidez para divulgar e vender os produtos. 

Priscila ainda tem família em Minas Gerais e, ao menos uma vez por ano, ela viaja para visitá-los. Lá, ela consegue comprar muitas fitas, pérolas, laços, meias, bicos de pato e todos os outros materiais que ela necessita para produzir. A empresária conta que algumas cores e produtos não existem em Santa Maria e que, lá, ela acha em grande quantidade. Quando não pode ir, e o estoque está no final, são as irmãs que entram em ação, fazendo compras e enviando os materiais pelos Correios para Santa Maria.

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- Agora, a cidade está aderindo mais às fitas estampadas para os laços, mas, aqui, o metro custa o dobro do valor cobrado lá em Minas. Mesmo pagando frete, sai mais barato - afirma ela.

Priscila também recebe encomendas de várias cidades do Rio Grande do Sul e encaminha via Correios para os clientes. Alguns deles preferem, inclusive, comprar em grandes quantidades para estocar os acessórios infantis em casa.

- Como eu moro em Pelotas, compro sempre muitos laços para compensar o valor do frente. Mas, sempre que tem novidade, eu peço para a Priscila. Ela faz os acessórios com tanto amor, tanta dedicação, que fica tudo muito lindo. Eu também comprei um quadro com o nome da Ester, que está com 2 anos e 3 meses, para colocar na parede do quarto - conta a funcionária pública Susana Monteiro da Cunha Souza, 43 anos.

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PRIMEIRA CLIENTE 
Beatriz adora experimentar todas as novas produções e coleções da mãe e é a modelo oficial da marca. Priscila se diverte ao contar que a filha foi sua primeira cliente e, por isso, a empresa ganhou o nome de Bia Baby. A mãe e empresária tinha em mente outro nome para a filha quando soube da gravidez. Mas sonhou que a pequena se chamava Beatriz logo no início da gestação e decidiu seguir a intuição. Priscila conta que, hoje, está realizada com o negócio, a família e a rotina: 

- Eu não consigo ficar parada, estou sempre arrumando algo aqui ou ali. Agora, estou dando jeito no meu espaço físico, depois, quero ampliar meu espaço na web. Mas tudo são coisas a serem pensadas.

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PARA COMPRAR 
Produtos como laços, tiaras, capas para cadernetas de vacinação e quadros para maternidade podem ser adquiridos pelo perfil @biababy_acessorios, no Instagram, pela página Bia Baby acessórios e fofurices, no Facebook, pelo e-mail contato. [email protected] ou pelo telefone (55) 98138-3759

Laços simples

  • Tamanho P (7 centímetros) - R$ 7
  • Tamanho M (10 centímetros) - R$ 10
  • Tamanho G (13 centímetros) - R$ 14

Laços duplos

  • Tamanho P (7 centímetros) - R$ 10
  • Tamanho M (10 centímetros) - R$ 12
  • Tiaras - de R$ 12 a R$ 25 
  • Capas de caderneta de vacinação - R$ 30 e R$ 35 (com pérola) 
  • Quadro de maternidade - R$ 50 

Colaborou Natália Venturini

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